quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ponto comercial de Chico da Cobal é tradição em Macau há 42 anos


Texto e reportagem: Rosinaldo VieiraFoto: Canindé Soares

A cidade de Macau, distante 176 quilômetros de Natal, é conhecida em todo o Rio Grande do Norte como a terra do sal e por ter o maior carnaval do estado. Mas como toda cidade do interior, tem suas peculiaridades e pontos que se destacam e se tornam conhecido por todos seus habitantes.

É o caso de três irmãos, Joca, Aldair e Idalécio, que se revezam para administrar um ponto comercial conhecido por Chico da Cobal, que fica localizado já há 42 anos no mesmo e tradicional ponto nas ruas Benjamim Constant com Pereira Carneiro, esquina com a Praça da Conceição, no Centro Macau.

Os três já se transformaram em uma espécie de patrimônio cultural e comercial dos macauenses, pois são conhecidos por todos. Bons de papo e de fazer amizades sólidas com facilidade, têm sempre uma boa conversa para oferecer, seja para os visitantes ou mesmo para população local.

E sabe aquele ditado que diz que ir à Roma e não ver o Papa, é o mesmo que não ir a Roma? O mesmo pode ser dito com os trio de Chico da Cobal. Conversar com eles, além de ganhar uma boa e sincera amizade é também uma forma de se ficar bem informado dos principais fatos da cidade, seja sobre política, cultura, esportes ou qualquer outro assunto que diga respeito aos macauenses, pois eles conhecem de tudo e de todos um pouco.

Cachorro quente
Em Chico da Cobal se encontra de tudo um pouco, desde bebidas, cigarros, salgados, sucos, vitaminas, doces, balas e o prato principal da casa, que já virou marca registrada, que é o cachorro quente girante servido no prato, com bastante katchup e maionese e comido com garfo e faca. Achou brega, sem estilo? Pelo menos não é o que acha as dezenas de pessoas, sejam da cidade ou de fora, que passam diariamente no ponto comercial e pedem o prato, que serve praticamente como uma refeição.

“Servir o cachorro quente desta forma inusitada foi uma ideia do nosso pai, justamente o Chico da Cobal, que trouxe a ideia de Mossoró e adaptou aqui em Macau”, disse um dos três irmãos, Joca, que foi o portavoz dos três irmãos durante esta entrevista.

Chico da Cobal
E por falar em Chico da Cobal, Joca explica que o pai deles foi o grande criador e idealizador do estabelecimento comercial que virou referência e tradição em Macau. “Nosso pai é conhecido pelo mesmo nome do nosso comércio, pois passou a ser chamado assim por ter prestado serviço por vários anos para antiga Cobal, atual Conab.

Atualmente Chico da Cobal, nome de Francisco Bezerra Dantas, não está mais atuando no comércio, que esteve a frente por muitos anos, mas problemas de saúde o impedem de continuar o trabalho, já aos 72 anos. “Por isso resolvemos assumir o negócio para não deixar acabar a tradição e vamos continuar enquanto Deus permitir”, disse Joca, que explica a popularidade do estabelecimento pela preocupação dos três irmãos em cultivar as amizades em primeiro lugar, cuidar bem os amigos e acima de tudo tratar bem os clientes, que fazem questão de voltar ao Chico da Cobal, seja para comer o super cachorro quente no prato e com garfo e faca ou simplesmente para uma boa com conversa sobre as novidades de Macau.

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